terça-feira, 20 de novembro de 2007
Memória de um velho estradeiro
MEMÓRIA DE UM VELHO ESTRADEIRO
EU VENHO VINDO, DE MUITAS LÉGUAS DISTANTES.
DE MUITO ALÉM DO HORIZONTE, ONDE A MINHA MAIOR RIQUEZA,
É SABER QUE NESTA VIDA, O AMOR EU CONHECI.
TENHA CERTEZA MEU SENHOR, QUE POR ONDE EU ANDAR,
ESSE AMOR CARREGAREI!
ELA NASCEU LÁ NA ENVERNADA, ONDE EU LEVAVA A BOIADA E VIVIA A SONHAR, SONHAVA QUE UM BELO DIA ESSE AMOR ENCONTRARIA E PARA SEMPRE SERIA FELIZ.
ELA TODA BELA E FORMOSA, CANTAROLAVA UMA CANÇÃO QUE,
A MEU CORAÇÃO TOCOU, NÃO SABIA O QUE FAZER, MINHAS PERNAS BAMBEARAM MINHA VOZ JÁ NÃO SAIA, TANTA EMOÇÃO QUE SENTIA.
A CABOCLA DELICADA, PARA MIM SE DIRIGIU,
PERGUNTAVA SE SABIA COMO IA LÁ PRA CIDADE,
TINHA CURIOSIDADE, POIS NUNCA SAIRA DALI.
O TEMPO SE PASSOU E COM ELE O NOSSO AMOR
FOI CRESCENDO DEVAGAR E QUANDO MENOS ESPERAVA EU ME VIA FRENTE A FRENTE COM O PADRE NO ALTAR.
QUANDO COMPLETOU DOIS ANOS,
NÓS FELIZES FESTEJAVAMOS, A CHEGADA DO PRIMOGÊNITO,
LEVE-A PARA MATERNIDADE, MAIS PRA MINHA INFELICIDADE,
MEU AMOR NÃO RESISTIU, DEPOIS DE UMA HEMORRAGIA,
ELA A MORTE SUCUMBIA, COMEÇANDO O MEU SOFRER.
E HOJE EM DIA, SÓ UMA COISA ME CONSOLA,
O SORRIZO DA CABOCLINHA, QUE MAIS PARECE UMA PINTURINHA,
DE TÃO PERFEITA QUE É!
Mayra Alcione musa nogueira
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