Se procuras o cristo soberano,
Por excelso refúgio ás próprias dores,
busca, hoje e amanhã, por onde fores,
O torturado coração humano.
Desce ao vale dos grandes amargores,
onde revelam sofrimento insano.
A aflição, a miséria e o desengano,
Entre flagelos purificadores.
Desce á feição do sol na noite fria,
guardando a caridade por teu guia,
ajudando e servindo a cada hora...
E, ante a luz da divina primavera,
encontrarás o cristo que te espera,
crucificado em cada ser que chora.
Auta de Souza
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